Um emprego dos sonhos — financiado pelos cidadãos
Imagine ocupar um cargo em que o salário ultrapassa os R$ 46 mil mensais, com direito a carro oficial, combustível, aluguel residencial e até assistência médica em hospitais de excelência — tudo isso sem precisar tirar um centavo do próprio bolso. Essa é a realidade de deputados e senadores no Brasil, cujos benefícios são bancados diretamente pelos impostos da população.
Em tempos de ajustes fiscais, regalias permanecem intocadas
Enquanto o país debate medidas para conter gastos e equilibrar as contas públicas, os parlamentares mantêm intactos seus múltiplos privilégios. Salários robustos e pacotes de benefícios continuam fora da mesa de cortes. A dissonância entre o discurso de austeridade e a prática legislativa revela um cenário que desafia o senso de justiça fiscal.
R$ 100 milhões em reembolsos médicos: um sistema quase ilimitado
Nos últimos seis anos, o Congresso Nacional desembolsou cerca de R$ 100 milhões para cobrir despesas médicas de seus integrantes. Além do plano de saúde já oferecido, parlamentares que realizam procedimentos não cobertos podem apresentar notas fiscais e solicitar reembolso praticamente sem limite. Esse sistema levanta questionamentos sobre transparência e critérios de necessidade real.
O preço de manter o Congresso: R$ 15 bilhões por ano
Em 2025, o funcionamento diário do Congresso custará R$ 40,8 milhões aos cofres públicos — R$ 23,5 milhões destinados à Câmara dos Deputados e R$ 17,3 milhões ao Senado. Ao final do ano, a conta chega a impressionantes R$ 15 bilhões, tornando a manutenção do Poder Legislativo um dos itens mais onerosos do orçamento federal.
Expansão à vista: mais cadeiras, mais gastos
A previsão para os próximos meses inclui a criação de 18 novas vagas na Câmara, representando sete estados brasileiros. A ampliação exigirá um investimento adicional inicial de R$ 64,8 milhões, aumentando ainda mais os custos do parlamento nacional.
