Faustão enfrenta falência múltipla de órgãos e quadro é considerado crítico, aponta cardiologista

Internado há dois meses na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o apresentador Fausto Silva, de 75 anos, enfrenta uma batalha delicada contra uma infecção bacteriana aguda que evoluiu para sepse. O estado de saúde é considerado extremamente grave, segundo especialistas.

Faustão está intubado e depende de ventilação mecânica para respirar. De acordo com o cardiologista Elisiário Júnior, que comentou o caso no podcast ielcast, embora não integre a equipe médica responsável, o comunicador apresenta sinais de falência múltipla de órgãos e está sob uso de antibióticos de alta potência e medicamentos para estabilizar a pressão arterial.

“Infelizmente, as chances do Faustão são mínimas”

afirmou o médico, atribuindo a gravidade do quadro à presença de bactérias resistentes e ao tempo prolongado de internação.

A situação se agravou após duas cirurgias complexas realizadas em sequência. No dia 6 de agosto, Faustão passou por um transplante de fígado. No dia seguinte, foi submetido a um retransplante renal, planejado há cerca de um ano. Ambos os órgãos vieram de um mesmo doador — um familiar — dispensando a necessidade de inclusão na fila nacional de transplantes.

Esses procedimentos se somam a outros dois realizados nos últimos anos: um transplante cardíaco em agosto de 2023 e um transplante renal em fevereiro de 2024, que apresentou episódios de rejeição e exigiu sessões de hemodiálise.

Ao todo, Faustão passou por quatro transplantes em apenas dois anos: coração, dois rins e fígado. Segundo Elisiário Júnior, esse histórico aumenta significativamente o risco de complicações, especialmente diante de uma infecção ativa.

Risco de morte

O cardiologista classificou o quadro clínico como “falência múltipla de órgãos” e atribuiu um nível de gravidade de 9,5 em uma escala de 0 a 10.

“A possibilidade de morte do Faustão nos próximos dias ou semanas é muito grande”, alertou, destacando que a sepse, mesmo parcialmente controlada por antibióticos, é agravada pela imunossupressão necessária para evitar rejeições dos órgãos transplantados.

O boletim médico mais recente, assinado pelo cardiologista Fernando Bacal, responsável pelo acompanhamento no Hospital Albert Einstein, informa que o tratamento segue focado no controle da infecção e na reabilitação clínica e nutricional. No entanto, não há previsão de alta hospitalar.

A sepse — também chamada de septicemia — é uma resposta desregulada do sistema imunológico a uma infecção, que pode provocar inflamação generalizada e danos severos aos órgãos, podendo levar à morte.

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