Hoje é uma data muito significativa para São Paulo, que tomou a frente na revolução constitucionalista iniciada em 9 de julho de 1932. Nessa revolução, o estado de São Paulo se levantou contra o governo provisório de Getúlio Vargas, que havia assumido o poder através de um golpe que derrubou o presidente eleito Júlio Prestes; dissolveu o Congresso Nacional, anulou a Constituição de 1891 e nomeou interventores nos estados.
Getúlio formou um governo central, retirando as instituições democráticas e, com isso, cresceu a insatisfação em São Paulo. Por conta dessa insatisfação, ocorreram grandes manifestações populares.
Entre as manifestações aconteceu o assassinato de quatro estudantes em confronto com tropas militares. Esse acontecimento em 23 de maio de 1932 fez crescer a revolta dos paulistas. Os jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – MMDC – viraram sigla na bandeira da luta.
Com apoio da população e forte mobilização por meio do rádio, o estado de São Paulo convocou voluntários para pegar em armas contra o governo federal, mas, a resistência paulista e não recebeu o apoio prometido de outros estados. Tinha somente 100 mil participantes e São Paulo ficou isolado na batalha em um conflito que durou cerca de três meses.

Os paulistas se renderam diante das tropas federais, no entanto o movimento deu resultado. Em 1933, o ditador Vargas convocou eleições para uma Assembleia Constituinte e foi elaborada a nova Constituição de 1934. Apesar da derrota militar, o movimento teve consequências significativas: no ano seguinte, Vargas convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, que elaborou a nova Constituição de 1934, restabelecendo o Congresso e ampliando a participação política no país.
Assim, a revolução de 9 de julho de 1932 foi o primeiro passo dado pelos paulistas para se escrever uma nova constituição – a carta magna do país – em 1934.
Respeito é o que a Constituição merece.

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